Hoje a dor decidiu rasgar o meu peito.
A tristeza mortífera chegou.
Foi impressionante o estrago que ela fez.
Correu todos os meus órgãos.
E as lágrimas não cansaram de transbordar.
Ela é grande, dinossauro há milhares de anos adormecido.
Sinto-me pequena.
Impotente e surpresa.
Eu não sabia que ela chegaria assim.
Doce ilusão de uma vida compartilhada.
Triste decepção sem memória, sem tempo, sem história.
Eu não estava preparada para lidar com ela.
Procuro motivos em todos os lugares.
Eu não os encontro.
E nada justifica a ingratidão.
Talvez seja minha ingenuidade.
Mas, eu gosto de ser ingênua.
Talvez minha necessidade egoísta de reconhecimento.
Eu preciso do outro.
Talvez seja a esperança do amor.
Doado todos os dias em forma de suor.
Ou, talvez, ainda, pelo simples fato de eu estar sempre aqui, acordada e disponível.
Verdade seja dita: o que não mata, engorda.
Se tristeza engorda, eu não sei.
Mas amanhã eu não permitirei que ela me mate como hoje.
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