(PARA LUISA PIERONI)
Ela é luz.
Começo de nome que marcou a vida.
Chegou risonha, meiga.
Meio sem graça, muito engraçada.
Amor? Não cabia no peito.
Amizade construída, sentida.
União de mundos contraditórios.
Paradoxo do amor que é.
Ela é luz.
A brisa torna-se furação.
A grande mulher dourada ganha o mundo.
É sal que derrete neve.
É madeira queimada na lareira.
Fumaça na chaminé.
Vive a noite de dia, e o dia de noite.
A cidade gelada esquenta seu coração.
Ela é luz.
Se uniu no amor.
E o distante se fez perto.
Encontro entre dois belos.
Duas grandes luzes douradas.
Dourado que complementa dourado.
Era o aconchego no tapete do quarto.
A bebida vermelha do Natal encantado.
Ela é luz.
A pequena semente foi plantada.
Germina no ventre a grande luz.
A imagem, ainda retorcida, ganha sentido.
É um bebê.
Surge a terceira luz dourada.
Complementa o complemento.
Plenitude infinita do amor.
Ela é luz.
Há dentro dela dois corações.
Amor dobrado, multiplicado.
Rega a semente com sensibilidade.
Espera, a cada dia, seu florescer.
Juntos, os três crescem.
Esperam o grande encontro.
O dia de união entre as três grandes luzes douradas.
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